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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Palestra "Religião na Bahia: uma perspectiva histórica" - BA

A Fundação Pedro Calmon, por meio do Centro de Memória da Bahia, convida a todo(a)s para o segundo semestre do Conversando com sua História. No módulo Religião, que será discutido durante todo o mês de setembro, teremos a palestra intitulada Religião na Bahia: uma perspectiva histórica, que será ministrada pelo profª drª. Elizete da Silva (UEFS).
Contamos com sua participação!
 
Local: sala Katia Mattoso, 3º andar da Biblioteca Pública do Estado da Bahia
Data: 03 de setembro de 2012
Horário: 17h

Atenciosamente,
Centro de Memória da Bahia
Fundação Pedro Calmon - Centro de Memória e Arquivo Público da Bahia Secretaria de Cultura do Estado da Bahia
3117-6067
 
Religião na Bahia: uma Perspectiva Histórica
Profa. Dr. Elizete da Silva (Universidade Estadual de Feira de Santana)
Resumo
O campo religioso baiano desde o período colonial se configurou de forma plural, mesmo na vigência do Padroado Régio, que estabelecia o catolicismo como instituição vinculada ao estado português. Além da Igreja Católica, as religiões de matrizes africanas e as religiões indígenas compuseram o cenário dos fenômenos sagrados na Bahia. Reformados e judeus foram repelidos como hereges, estranhos à ideia de cristandade que permeava o imaginário colonial. As transformações advindas do contexto político do inicio do século XIX propiciaram também mudanças no quadro religioso. Após 1810, com a presença da família real no Brasil e em decorrência de tratados econômicos com a Inglaterra, o governo do Príncipe Regente D. João abriu os portos e as portas do Brasil à Igreja Anglicana e por extensão ao protestantismo. Após a independência o catolicismo continuou religião oficial do Império. Na segunda metade do século XIX, além da Igreja Presbiteriana e da Denominação Batista, instalou-se o Espiritismo Kardecista na capital da Província Baiana, provocando conflitos e polêmicas com a hierarquia católica.
 A partir da primeira metade do século XX, outros grupos protestantes e uma sinagoga judaica diversificaram, ainda mais, a paisagem religiosa de Salvador. No interior do Estado, no que pese a predominância da Igreja Católica, espíritas e protestantes organizaram seus templos e passaram a conquistar fiéis e espaço no contexto social. O Recôncavo Baiano ficou famoso pela presença de Terreiros de Candomblé, porém em outras regiões da Bahia as principais nações de Candomblé, inclusive o de Caboclo sobreviveram, apesar das perseguições. Atualmente, observa-se profundas transformações no campo religioso baiano, com um número crescente de protestantes, especialmente neopentecostais, disputando fiéis e espaço político partidário.