UNIVERSIDADE
FEDERAL DA BAHIA - PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO DA UFBA
INSTITUTO
DE FÍSICA
DEPARTAMENTO
DE FÍSICA DA TERRA E DO MEIO AMBIENTE – DFTMA
SOCIEDADE
BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA – SBPC
ASSOCIAÇÃO
DE ASTRÔNOMOS AMADORES DA BAHIA – AAAB
FUNDAÇÃO
VITAE
CURSO DE EXTENSÃO
TÍTULO: XIV CURSO DE EXTENSÃO EM ASTRONOMIA:
O FUTURO DA ASTRONOMIA
O
ESCOPO DA ASTRONOMIA
A Astronomia lida com a astronomia cometária,
de altas energias, de campo, de posição, descritiva do infravermelho, dos raios
gama, dos raios X, elementar, espacial (emprego da tecnologia espacial),
estelar, fundamental, geral, instrumental etc.. A Astronomia é uma ciência que
estuda os astros e mais genericamente de todos os objetos e fenômenos celestes.
A Astronomia utiliza o Universo como laboratório, deduzindo através de dados
observacionais por telescópios e sondas espaciais utilizando modelos físicos e
computacionais através de atividades práticas como prever as marés, os
eclipses, estudar as órbitas dos planetas e de seus satélites, a queda de asteroides
nos planeta, em particular na Terra, analisar e entender os aspectos físicos da
radiação no espaço e do aquecimento global na atmosfera terrestre pelo efeito
estufa e em analogia com o que se manifesta no planeta Vênus, etc. A Astronomia
nos ensina que existem uma infinidade de estrelas no Universo e que elas estão
agrupadas em galáxias com dimensões de centenas de milhares de anos-luz, e que
a estrutura interna das galáxias podem conter centenas de bilhões de estrelas
com dimensões as mais variadas.
As imagens enviadas pelo telescópio espacial
Hubble mudaram a imagem convencional do Universo. Mostrou a existência numerosa
das estrelas anãs azuis, imagens de estrelas em processo de explosão –
supernovas – e fotos dos confins do Universo a mais de 13 bilhões de anos-luz.
Foi como descortinar de uma visão nunca dantes imaginada. Os resultados mudaram
a imagem de um Universo dominado por grandes galáxias em espiral ou elipse,
tornando necessário criar novo modelo que inclua galáxias distorcidas
encontradas em enormes quantidades. No momento, Astrônomos
identificaram uma galáxia com a maior distância já confirmada da Terra.
Conhecida como z8_GND_5296, o objeto está a 13,1 bilhões de anos-luz e é vista
de nosso planeta na situação que estava apenas 700 milhões de ano depois do Big
- Bang, a grande explosão que acredita-se ter dado origem ao Universo, cerca de
13,7 bilhões de anos atrás.
A safra de novos telescópios como o telescópio no Polo Sul pode ajudar a entender formação do universo. Os cientistas estão usando o maior telescópio do mundo, enterrado no gelo do Polo Sul, para tentar desvendar os mistérios das minúsculas partículas chamadas neutrinos, que podem esclarecer como o universo se formou.
Importante ressaltar que a astronomia, com
base na cooperação e no trabalho conjunto de equipes internacionais, deu um
salto sem precedentes. Hoje, astrônomos de inúmeros países exploram junto o
espaço profundo, com descobertas cada vez mais fantásticas. As Conferências
Kepler se inserem nesse novo tempo de conquistas e avanços impressionantes. A
busca do homem por planetas extraterrestres e pela possibilidade de haver vida
fora da Terra atingiu hoje um marco simbólico, porém histórico. O número de
planetas descobertos fora do Sistema Solar ultrapassou a marca de 1 mil,
chegando a 1.010 na Enciclopédia de Planetas
Extrassolares,
um dos principais catálogos de referência nessa área de pesquisa. A lista é
atualizada quase que diariamente pelo pesquisador Jean Schneider, do
Observatório de Paris, à medida que novas descobertas são anunciadas - algo que
já se tornou rotina nesses últimos 21 anos, desde a detecção dos primeiros
exoplanetas (como também são chamados), em 1992. A marca foi ultrapassada em (22/10/2013)
com a inclusão da descoberta de 11 novos planetas pelo projeto WASP (Wise Angle Search
for Planets), na Europa. Outros catálogos ainda não chegaram a 1 mil, mas estão
todos próximos dessa marca (acima de 900). O Arquivo de
Exoplanetas da NASA,
por exemplo, contabilizava até (22/10) 919 planetas, ao redor de 709 estrelas.
O Grande Colisor de Hadrons – LHC nos remeteu
à profundidade do microcosmo e da estrutura da matéria, para podermos entender
e completar o Modelo Padrão e entender de como são feitas todas as coisas. O Grande Colisor de Hádrons (em
inglês: Large Hadron Collider - LHC) do CERN, é o maior acelerador de partículas e o de maior energia
existente do mundo. Seu principal objetivo é obter dados sobre colisões de
feixes de partículas, tanto de prótons a uma energia de
7 TeV (1,12 microjoules)
por partícula, ou núcleos de chumbo a energia de
574 TeV (92,0 microjoules) por núcleo. Um dos principais objetivos do
LHC é tentar explicar a origem da massa das partículas
elementares
e encontrar outras dimensões do espaço, entre outras coisas. Uma dessas
experiências envolve a partícula bóson de Higgs. O Prêmio Nobel de Física de 2013 foi
oferecido nesta terça-feira (08/102013) aos físicos, o belga François Englert, professor emérito da Universidade Livre
de Bruxelas, na Bélgica, da Universidade de Tel Aviv, em Israel, e da Chapman
University, nos Estados Unidos e ao britânico Peter Higgs professor emérito da Universidade de Edimburgo, na Escócia, por seus trabalhos teóricos sobre
como as partículas adquirem massa, propostos separadamente em 1964.
A Academia Real de Ciências da Suécia, que confere o
prêmio, afirmou que escolheu os físicos pela "descoberta teórica de um
mecanismo que contribui para nossa compreensão da origem da massa de partículas
subatômicas, que recentemente foi confirmado por meio da descoberta da
partícula fundamental prevista pelos experimentos Atlas e CMS no Grande Colisor
de Hádrons (LHC) do CERN (Organização Europeia de Pesquisas Nucleares)",
situado na Suíça.
“A teoria premiada é uma parte central
do Modelo Padrão das partículas físicas que descreve como o mundo é
construído", disse a academia em comunicado. "De acordo com o Modelo
Padrão, tudo, de flores e pessoas a estrelas e planetas, consiste de apenas
alguns blocos de construção: partículas de matéria."
Segundo teorias da Física, o bóson Higgs é uma partícula
subatômica considerada uma das matérias-primas básicas da criação do universo.
Diferente dos átomos, feitos de massa, as partículas de Higgs não teriam nenhum
elemento em sua composição. Elas são importantes porque dão respaldo a uma das
mais aceitas teorias acerca do universo - a do Modelo Padrão, que explica como
outras partículas obtiveram massa. Segundo essa tese, o universo foi resfriado
após o Big Bang, quando uma força invisível, conhecida como Campo de Higgs,
formou-se junto de partículas associadas, os Bósons de Higgs, transferindo
massa para outras partículas fundamentais.
Procura-se também a existência da supersimetria. Experiências que
investigam a massa e a fraqueza da gravidade será um equipamento
toroidal do LHC e do Solenoide de Múon Compacto (CMS).
Tudo no experimento é microscópio, menos a
energia que terá explosão de 14 trilhões de volts, 120 megawatts, eletricidade
capaz de abastecer mais de 40 mil casas. A micro-explosão gerará um microscópio
buraco negro, que por instabilidade desaparecerá em segundos, podendo expor aos
cientistas estudo sobre a “matéria escura do universo”.
A astronomia nos fala
ainda da expansão do Universo de estranhos objetos que emitem imensas
quantidades de energia e são poderosas fontes de radio – os quasares.
Na fronteira da Astronomia e da Cosmologia, está o estudo das estrelas de nêutrons e dos
extraordinários buracos negros,
que são objetos tão potentes gravitacionalmente que nem a luz consegue escapar
do seu campo gravitacional. Todos estes conhecimentos são de suma importância
para o entendimento do Universo e para a sobrevivência futura da humanidade na
Terra e eventualmente sua expansão pelo espaço sideral.
O CURSO
O curso será
ministrado por vários professores e pesquisadores da UFBA e de outras
universidades externas como a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB,
Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS e da Associação de Astrônomos
Amadores da Bahia - AAAB. Cada palestra terá a duração no máximo de 1 h e 20
minutos e mais 30 minutos para eventuais perguntas e debates sobre o tema
abordado. Serão apresentadas duas ou três palestras por dia.
Deve ser utilizados
recursos de multimídia para a apresentação de cada tema.
TEMAS A SEREM ABORDADOS NO CURSO:
TEMAS
DAS PALESTRAS
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HORÁRIO
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DATA DA
PALESTRA
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PALESTRANTES
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01
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ABERTURA
A esfera celeste,
fusos horários, porque o céu é azul, os Calendários e a Bandeira Brasileira.
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14h00 hs
14:30 hs
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12/01/2015
ABERTURA
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Presença do Reitor e Diretores do IF, IQ,
IGeo. e Pró- Reitor de Extensão
Alberto Brum Novaes/UFBA
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02
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A dinâmica das
atmosferas dos planetas do Sistema Solar
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16:00 hs
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12/01/2015
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Alberto Brum Novaes/UFBA
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03
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Física de partícula e a Astronomia
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14:00 hs
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13/01/2015
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Mário Cezar Ferreira Gomes Bertin/UFBA
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04
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Evolução das
concepções teóricas a cerca do Universo
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16:00 hs
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13/01/2015
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José Vieira do Nascimento Jr./UEFS
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05
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Astrofísica Solar/Física
Espacial
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14:00 hs
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14/01/2015
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Lisan Marque Marcos Durão/UNICAMP A
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07
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A Teoria
do Zênite Solar / Variação Paradoxal do Período de Duração do Dia Solar em Relação
ao Sistema Kepler / Newton
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16:00
hs
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14/01/2015
|
Luiz
Sampaio Athayde Júnior/UFBA
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08
|
Evolução
estelar/Sistemas estelares múltiplos: evolução, estrutura e classificação
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14:00 hs
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15/01/2015
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Melina Lima/UEFS
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09
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Foguetes e sua
construção para experimentos escolares
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16:00 hs
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15/01/2015
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José Vicente Cardoso Santos
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10
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Exoplanetas e a
perspectiva de vida em planetas da Zona Habitável
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14:00 hs
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16/01/2015
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Marildo Geraldête Pereira/UEFS
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11
|
Asteróides e
cometas: um risco para a Terra?/Vale a pena ser Astrônomo no
Brasil?/Observação do céu
|
16:00 hs
|
16/01/2015
|
Alberto Silva Betzler/UFRB
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12
|
Lunetas e telescópios
e como construir um de baixo custo para observações escolares
|
14:00 hs
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19/01/2015
|
João José da Silva Carrilho/ UEFS
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13
|
Evolução dos instrumentos de observação
astronômica
|
16:00 hs
|
19/01/2015
|
Elísio Gentil Palma/AAAB
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14
|
A física e dinâmica dos relâmpagos na Terra e
nos planetas do Sistema Solar
|
14:00 hs
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20/01/2015
|
Alberto Brum Novaes/UFBA/Ricardo Gonçalves
Souto/UFBA
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15
|
A fisiologia do homem no espaço
|
15:30 hs
|
20/01/2015
|
Ricardo Gonçalves Souto/UFBA
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16
|
O estado atual e as
perspectivas
futura da
exploração do espaço no mundo e no Brasil.
|
16:30 hs
|
20/01/2015
|
Lisan Marques Marcos Durão/UNICAMP
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17
|
Formação e evolução
dos planetas
|
14:00 hs
|
21/01/2015
|
Eduardo Reis Viana Rocha Jr./UFBA
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18
|
Cosmologia: Origem e evolução do Universo
|
16:00 hs
|
21/01/2015
|
Elísio Gentil Palma/AAAB
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19
|
As principais
rochas que compõem os planetas do Sistema Solar
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14:00 hs
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22/01/2015
|
Renato Carlos Vieira Santiago/UFBA
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20
|
.Tectônica
de placas nos planetas do Sistema Solar
|
16:00 hs
|
22/01/2015
|
Luis César Correia Gomes/UFBA
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21
|
A
estrutura das galáxias. VIA LÁCTEA
Localização das estruturas do Universo.
Diagrama das constelações
|
14:00 hs
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23/01/2015
|
Alberto Brum Novaes/Lisan Marques Marcos
Durão
Dawinson Ferreira Santos/AAAB
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22
|
Meteoros e meteoritos. Sua composição estrutural e geoquímica
|
16:00 hs
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23/01/2015
|
Wilton Pinto de Carvalho/UFBA
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PALESTRAS SOBRESSALENTES
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23
|
A conquista do espaço. O projeto SETI – a
procura por vida inteligente no Universo.
|
16:00 hs
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Bruno Credidio/UFBA/Lisan Durão/UNICAMP/UFBA
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24
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O desenvolvimento do curso terá as seguintes diretrizes:
Período: 12 a 23 de janeiro de 2015
Local: Auditório do
Pavilhão de Aulas da Federação III– PAF III- Pavilhão Glauber Rocha
Horário: das 14 às 18
horas
Número de vagas: 200
Público alvo:
professores e estudantes do 1o e 2o graus, professores
universitários e acadêmicos alem do público em geral e para todas as idades.
Obs. Este curso
foi aprovado pelo plenário da Congregação do Instituto de Física em 29/10/2013.
Salvador, 16 de dezembro de 2014.
Prof. Dr. Alberto Brum Novaes
Coordenador
do curso
Membro
da Congregação do IF