Passados 120 anos da abolição do trabalho escravo no Brasil, a sociedade ainda se pergunta quanto aos limites desta conquista, uma vez que as desigualdades que expressam a discriminação aos afro-descendentes permanecem evidentes. No momento em que as universidades brasileiras estão reconhecendo a atrofia de um estado que trata de forma desigual os seus, a ponto de ter que propor um processo de discriminação positiva para permitir o acesso dos negros ao ensino superior, também se reconstrói a interpretação acerca do papel deste na formação brasileira.
Atualmente, sob a influência da corrente historiográfica social inglesa e a historiografia sobre a escravidão desenvolvida nos Estados Unidos, a resistência escrava no Brasil passou a ser entendida como uma das faces das lutas complexas vivenciadas pelo cativo no cotidiano e que tinham como contraponto a reelaboração permanente das relações com os seus senhores, modificando assim, as várias formas de dominação e controle social.
O estudo sobre a resistência escrava adquiriu um grande impulso no Brasil durante as décadas de oitenta e noventa do século XX. Desde então, muito se tem produzido acerca da ação política dos escravos e da maneira como essa ação repercutiu para pressionar e transformar o próprio sistema escravista. A importância desse tipo de abordagem está no fato de resgatar-se o papel de agente ativo da sua própria história a essas personagens que, por muito tempo, ficaram reduzidas a leituras que os limitavam ao papel inerte, que os revertera a condição de coisa, objeto,
onde as suas manifestações de oposição eram vistas apenas como esporádicas, seja em forma romantizada de tentar reconstruir uma África na terra colonial ou de levantar-se de forma inconsciente seu desabafo de dor.
Portanto, com o intuito de trazer uma reflexão do papel do afro-descendente na formação social brasileira que o instituto Maurício Grabois– Ba propõe a realização do seminário "1888-2008: 120 anos de abolição do trabalho escravo – uma reflexão sobre o negro no Brasil e na África".
SEMINÁRIO: 1888-2008: 120 anos de abolição do trabalho escravo –
uma reflexão sobre o negro no Brasil.
ORGANIZAÇÃO: Instituto Mauricio Grabois – Ba
APOIO: UNEGRO
LOCAL: Faculdade de Medicina
INSCRIÇÕES GRATUITAS NO LOCAL OU PELO EMAIL:
angelaguimaraesba@gmail.com
Atualmente, sob a influência da corrente historiográfica social inglesa e a historiografia sobre a escravidão desenvolvida nos Estados Unidos, a resistência escrava no Brasil passou a ser entendida como uma das faces das lutas complexas vivenciadas pelo cativo no cotidiano e que tinham como contraponto a reelaboração permanente das relações com os seus senhores, modificando assim, as várias formas de dominação e controle social.
O estudo sobre a resistência escrava adquiriu um grande impulso no Brasil durante as décadas de oitenta e noventa do século XX. Desde então, muito se tem produzido acerca da ação política dos escravos e da maneira como essa ação repercutiu para pressionar e transformar o próprio sistema escravista. A importância desse tipo de abordagem está no fato de resgatar-se o papel de agente ativo da sua própria história a essas personagens que, por muito tempo, ficaram reduzidas a leituras que os limitavam ao papel inerte, que os revertera a condição de coisa, objeto,
onde as suas manifestações de oposição eram vistas apenas como esporádicas, seja em forma romantizada de tentar reconstruir uma África na terra colonial ou de levantar-se de forma inconsciente seu desabafo de dor.
Portanto, com o intuito de trazer uma reflexão do papel do afro-descendente na formação social brasileira que o instituto Maurício Grabois– Ba propõe a realização do seminário "1888-2008: 120 anos de abolição do trabalho escravo – uma reflexão sobre o negro no Brasil e na África".
SEMINÁRIO: 1888-2008: 120 anos de abolição do trabalho escravo –
uma reflexão sobre o negro no Brasil.
ORGANIZAÇÃO: Instituto Mauricio Grabois – Ba
APOIO: UNEGRO
LOCAL: Faculdade de Medicina
INSCRIÇÕES GRATUITAS NO LOCAL OU PELO EMAIL:
angelaguimaraesba@gmail.com
PROGRAMAÇÃO
ABERTURA: Olívia Santana e Milton Barbosa
Mesa redonda: Quilombos contemporâneos – o conceito e a aplicação
da lei 68 das disposições transitórias.
Debatedores: Ubiratan Castro de Araújo (Fundação Pedro Calmon)
Ricardo Moreno (UNEB)
Data: 25/03/08
Horário: 18:30 hs
Mesa Redonda: Raça e Racismo – debatendo práticas e concetos
Debatedores: Walnei Oliveira (UEFS)
Ma Hilda Baqueiro Paraíso (UFBa)
Data: 26/03/08
Horário: 18:30 hs
Conferencia: África e o mundo contemporâneo
Debatedores: Muniz Ferreira (UFBa)
Data: 27/03/08
Horário: 18:30 hs