INTRODUÇÃO
O curso de formação permanente de Agentes Educativo-Culturais HISTÓRIA DAS CULTURAS AFRICANAS E AFRO-BRASILEIRAS - têm como intuito propiciar a formação sistemática, à difusão de conhecimentos científicos e técnicos acerca das culturas e histórias das populações africanas e afro-brasileiras.
Essa iniciativa pretende não ser uma ação isolada que se encerra em si mesma, mas ser algo permanente de modo que se estabeleçam a partir das Oficinas exposições, performances e a produção de publicações (materiais didáticos, paradidáticos e acadêmicos) entre outras possibilidades.
SINOPSE
A oficina de formação permanente de Agentes Educativo-Culturais vem atender as proposituras Lei Federal n.10.639 de 09/01/2003, que alterou a Lei de Diretrizes Básicas da Educação Nacional e torna obrigatória a. temática da “História das culturas africanas e afro-brasileiras” . E do que determina o Decreto Estadual n° 48.328 de 15/12/2003 publicado no D.O. de 16/12/2003 que institui no âmbito da administração pública do Estado de São Paulo a Políticas de Ações Afirmativas para Afrodescendentes e dá providências correlatas.
OBJETIVOS
* Inserir conhecimentos sobre a História e a realidade da África, da relação entre África-Brasil e da cultura produzida pelos afro-brasileiros na sociedade nacional;
* Dialogar e debater sobre a implementação da lei 10.639 e a presença das culturas de matrizes africana e afro-brasileira na cultura brasileira;
* Entender e interpretar as práticas sociais e culturais relativas à questão étnico-racial e as questões atinentes à África no Brasil;
* Estimular a democratização da informação e conhecimento no intuito de contribuir com a valorização, fortalecimento e afirmação da identidade étnico-racial paulista.
PÚBLICO ALVO
Agentes de atividades culturais da Secretaria Estadual e Municipal de Cultura;
Profissionais da área da educação, lideranças, multiplicadores e ativistas dos movimentos sociais;
Técnicos e funcionários das Oficinas Culturais;
Público em geral.
VAGAS E SELEÇÃO
60 (sessenta) primeiros inscritos.
CORDENADOR
Christian Fernando dos Santos Moura
Possui graduação em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2003). Atualmente é professor titular - Secretaria de Estado da Educação de São Paulo. Mestrando em Artes no Programa de Pós-graduação em Artes do Instituto de Artes IA UNESP. É pesquisador do grupo de extensão e pesquisa universitária da UNESP, NUPE (Núcleo Negro da UNESP para Pesquisa e Extensão) e Professor de História do Brasil Colônia e República da UNIBAN Universidade Bandeirantes. Tem experiência na área de História, com ênfase em História, atuando principalmente nos seguintes temas: História da África, negro, preconceito, teatro, racismo e educação.
CONVIDADOS
Oluemi Aparecido dos Santos.
Francisco Sandro da Silveira Vieira.
Lílian Santiago Solá
CARGA HORÁRIA
39 (trinta e nove) horas, 13 (treze) encontros de 3 (quatro horas).
DATAS E HORÁRIOS
Aos sábados, de 05/abril a 28/junho, das 14h00 horas às 17h00.
LOCAL
Oficina Cultural Oswald de Andrade
Rua Três Rios, 363, Bom Retiro
Telefones (11) 3221-5558 / 3222-2662
oswalddeandrade@ assoc.org. br
Inscrições: segunda a sexta-feira, 10h às 20h.
CONTEÚDOS E CRONOGRAMA
05 de abril – Apresentação do curso (programa, objetivo, metodologia e estratégias de desenvolvimento) . Exibição, seguido de debate da animação Yansa, de Carlos Eduardo Nogueira, 2006, 18 minutos.
12 de abril – África: culturas e sociedades
A cultura material das sociedades africanas / Um breve panorâmico histórico das culturas africanas e do continente africano ao longo da história. Produção de máscaras africanas.
Textos: SALUM, Marta Heloísa Leuba. (Lisy) “África: culturas e sociedades” - Texto do guia temático para professores África: culturas e sociedades, da série Formas de Humanidade, do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo. Escrito em janeiro de 1999 e revisto e adaptado em julho de 2005 para publicação neste site: http://www.mae. usp.br/ & http://www.arteafri cana.usp. br. COSTA E SILVA, Alberto da. Cap 1. “Paisagem e o homem”. In. A enxada e a lança: a África antes dos portugueses. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1996.
19 de abril – A pré-história da África.
Generalidades (Pré-história, paleolítico, neolítico, arte rupestre, objetos pré-históricos, a vida na pré-história africana); fósseis; pré-história na África oriental; pré-história na África Austral; África central; Magreb; África ocidental, Vale do Nilo. Exibição do filme Kiriku e a Feiticeira, de Michel Ocelot, 1998, 74 minutos.
Textos: GIORDANI, Mário Curtis. “Pré-história da África”. In. História da África - anterior aos descobrimentos. Petrópolis: Vozes, 1985. COSTA E SILVA, Alberto da. Cap 1. “Pré-história”. In. A enxada e a lança: a África antes dos portugueses. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1996. SANTOS, Marcos Ferreira dos. “Ancestralidade e convivência no processo identitário: a dor do espinho e a arte da paixão entre Karabá e Kiriku”. In Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal nº 10.639/03 – Brasília: Ministério da Educação, SECAD, 2005. pp. 205-229.
26 de abril – Continentes africanos: das ciências à sabedoria.
CONVIDADO – Francisco Sandro da Silveira Vieira: antropólogo, pesquisador membro do NUPE (Núcleo Negro da UNESP para Pesquisa e Extensão) - UNESP-SP.
África-pré-colonial / O continente africano antes da conquista / África na Idade Média européia /Os árabes iniciam sua conquista pelo Egito / O avanço até o baixo Senegal / O Gana / O Império do Mali e de Gao / Os Reinos Yorubás e o Benim / O tráfico medieval de escravos / A instituição da escravidão na África muçulmana / A escravidão entre os africanos / pré e pós-conceitos: etnocentrismo, “afropessímismo” , “afrocentrismo” e eurocentrismo;
Textos: VIEIRA, Francisco Sandro da. “As ciências sociais e as etnias africanas: Análise e crítica da contribuição banto no Brasil’”.
03 de maio – A escravidão africana e o tráfico negreiro
A colonização e o tráfico negreiro na América portuguesa / Expansão marítima européia / O fator islâmico /O comércio transatlântico / O tráfico de escravos na costa ocidental africana. / A dinâmica do modo de produção colonial / A escravidão na África Centro-Ocidental / O comércio da África Oriental / A escravidão no século XIX. / As vias de comunicação e os mercados na África Ocidental / Os Haúças / Os bantos / O reino do Congo/ O reino do Congo, os Mbundu (ou Ambundos), o reino dos "Ngola" ou de Angola e a presença portuguesa nos finais do século XV a meados do século XVII ;
Textos: COSTA E SILVA, Alberto da. “O escravo negro na idade média européia”. In. A manilha e o libambo: a África e a escravidão de 1500 a 1700. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2002. MEILLASSOUX, Claude. Capítulo introdutório. “Parentes e estranhos”. In. Antropologia da escravidão : o ventre de ferro e dinheiro. Rio de Janeiro, Zahar, 1995. SOUZA, Talita Tavares Batista Amaral de. “Escravidão interna na África, antes do tráfico negreiro”. In. http://www.cefetcam pos.br.
10 de maio – As culturas negras na América do Sul. Os negros no Brasil.
Da África ao Afro: uso e abuso da África entre os intelectuais e na cultura popular brasileira durante o século XX / O pensamento mestiço nas relações Estados-Unidos - Brasil - África”: - Uma breve história do racismo e das relações raciais no Brasil / A democracia racial brasileira /As relações entre sociedades indígenas e populações africanas/afrodesce ndentes / Quilombos e a resistência escrava na colônia / Os movimentos sociais negros do século XX / A Frente Negra Brasileira / O MNU (movimento Negro Unificado / A cultura jovem doas anos 1970 / Movimento “Black power”. As influências das culturas negro- africanas para as artes visuais e plásticas brasileiras / Políticas públicas e os recortes de gênero, étnico/racial, geracional / Ações afirmativas.
Textos: FREYRE, Gilberto. “O escravo negro na vida sexual e de família do brasileiro” (capítulo IV). In: FREYRE, Gilberto. Casa Grande e Senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 35ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1999. pp. 282- 409. Exibição do filme “Na rota dos orixás”, de Renato Barbieri, 1998, 54 minutos.
17 de maio – Discursos sobre o colonialismo. Racismo e descolonização
O imperialismo colonial de fins do século XIX / A constituição dos sistemas coloniais e movimentos de resistência na África / Viajantes europeus em África contemporânea e a evolução do colonialismo tradicional ao neocolonialismo / o papel dos missionários nas explorações / A partilha da África e o significado dos desdobramentos da Conferência de Berlim (1884-1885) na perspectiva africana da partilha e da conquista / O período entre guerras: continuidade e rupturas /A descolonização e o pós-guerra / Os socialismos africanos / A política e o nacionalismo africano / A escravidão no Brasil.
Textos: CESAIRE, Aimé. “Discursos sobre o colonialismo” In. Cadernos para o diálogo – Porto, 1971. PEREIRA José Maria Nunes. “Colonialismo, racismo e descolonização” In: Estudos Afro-Asiáticos. – nº 2 (Maio/Ago. 1978), p. 16-29.
24 de maio – Negritude. Usos e sentidos.
Pan-africanismo / Movimentos de negritude e libertação nacional / O pensamento das elites culturais africanas diante das questões de política e identidade./ Noções de raça, nação, pátria e etnia no contexto dos nacionalismos africanos de expressão portuguesa / A literatura de expressão afro-brasileira / Os escritores e escritoras afro-brasileiros /o negro na literatura brasileira / Influência das línguas africanas de expressão de língua portuguesa no Brasil contemporâneo; Tradição e modernidade em África contemporânea / O regime de Apartheid na África do Sul / África rural e urbana / África mítica / Estruturas político-sociais em Angola pós-colonialismo e pós-socialismo / UNITA e MPLA, os movimentos de libertação nacional pós-guerra civil / Angolanidade e diáspora. Exibição do curta “Place des Fêtes”, de Oliver Schmitz, 2007. 18 minutos.
Textos – MUNANGA, Kabenguele. “Negritude: usos e sentidos”. São Paulo, Ática, 1988. BERND, Zilá. “A Questão da Negritude”. São Paulo: Brasiliense, 1984.
31 de maio – Visão panorâmica das literaturas africanas de língua portuguesa. (Angola e Moçambique). Estudos de textos de Luandino Vieira, Craveirinha e Mia Couto.
CONVIDADO – Oluemi Aparecido dos Santos: graduado em Letras (Português/Francê s) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2003). Atualmente é mestrando em Estudos Comparados em Literaturas de Língua Portuguesa na USP sob orientação da Profa. Dra. Tânia Macêdo. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Comparada. Também atua como professor/palestran te de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa e de Estudos da relações étnico-raciais.
A literatura no universo colonial: tradição e modernidade / Literatura e negritude / Negritude africana de língua portuguesa / José Craveirinha, Mia Couto no contexto da literatura pós-colonial de Moçambique / Agostinho Neto, Antonio Jacinto no contexto da literatura pós-colonial de Angola;
Textos: CHABAL, Patrick, “Literatura e Identidade Nacional em Moçambique”. In Vozes Moçambicanas. Literatura e nacionalidade. Veja, Lisboa, 1994. COUTO, Mia. “Estórias Abensonhadas”. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
07 de junho – Cultura política e musicalidade negra na diáspora africana.
Breve introdução da influência negro-africana na música erudita e popular brasileiro / Música brasileira no final do século XIX: Modinhas, Imperiais, Polca, Lundu, Polca-Lundu, Choro, Maxixe/ Músicos mulatos no Brasil imperial / Origens do Rap/Funk no Brasil e nos Estados Unidos / Samba, negro e carnaval / O samba rural paulista / As origens do samba carioca / A folia de reis / O congado / Gênero, raça, feminismo e juventude no movimento Hip-Hop
Textos – GOMES, Tiago de Melo. “Lutando por uma democracia-racial. Raça e nação na trajetória da Companhia Negra de Revistas”.In. GOMES, Tiago de Melo. Um espelho no palco: identidades sociais e massificação da cultura no teatro de revistas dos anos de 1920. Campinas, São Paulo, Editora da UNICAMp, 2004. SEVCENKO, Nicolau. Orfeu Extático na Metrópole: São Paulo, sociedade e cultura nos frementes anos 20. São Paulo: Companhia das Letras, 1992, pp. 240-244.
VIANNA, Hermano. O mistério do Samba. Rio de Janeiro: Zahar/UFRJ, 1995.
14 de junho – Cultura política, cinema e teatralidade negra na diáspora africana.
A personagem negra no cinema e no teatro brasileiro / O cinema novo e o negro / Filmes: Rio Zona Norte, Assalto ao trem pagador. O cinema brasileiro contemporâneo e o negro / Filmes: Filhas do Vento, A negação do Brasil e o cinema de Joel Zito Araújo / O cinema feijoada e os cineastas negros paulistas / A mulher negra e o cinema / O TEN Teatro Experimental do Negro / A negritude brasileira: Abdias do Nascimento, Guerreiro Ramos, Edison Carneiro.
NASCIMENTO, Elisa Larkin. “Teatro Experimental do Negro: tramas, textos e atores”. In. LARKIN Nascimento, Elisa O Sortilégio da cor. Identidade, raça e gênero no Brasil.São Paulo, Selo Negro Edições, 2003.
NASCIMENTO, Abdias, Sortilégio – mistério negro. In Drama para negros e prólogos para brancos. Rio de Janeiro: Ed. do Teatro Experimental do Negro, 1961. Exibição do documentário A negação do Brasil, de Joel Zito Araújo, 2000, 90 minutos.
ARAÚJO, Joel Zito. Cap 1. A Negação do Brasil : O negro na telenovela brasileira. São Paulo, Ed. SENAC, 2000.
RODRIGUES, João Carlos . O negro e o cinema brasileiro. Rio de Janeiro, Pallas, 2001.
21 de junho – Exibição e debate do filme Família Alcântara, de Daniel Solá Santiago e Lilian Solá Santiago. 54min, 2004.
CONVIDADA – Lílian Solá Santiago – Historiadora e mestre em Integração da América Latina (USP), atua na área cinematográfica desde 1994. Atualmente dirige o vídeo documentário: Uma cidade chamada Tiradentes;, sobre o bairro Cidade Tiradentes, o maior conjunto habitacional da América Latina. Como produtora, Lilian participou de diversos trabalhos entre eles Latitude Zero, de Toni Venturi premiado como melhor roteiro no Festival de Brasília (2000) além de 6 prêmios internacionais; Vista a minha pele, de Joel Zito Araújo (2003), entre tantos outros. Como diretora, realizou Balé de Pé no Chão, um curta-metragem inédito, ganhador do Prêmio Palmares de Comunicação (2005).
28 de junho – Avaliação, encerramento e entrega de certificados.
BIBLIOGRAFIA
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O curso de formação permanente de Agentes Educativo-Culturais HISTÓRIA DAS CULTURAS AFRICANAS E AFRO-BRASILEIRAS - têm como intuito propiciar a formação sistemática, à difusão de conhecimentos científicos e técnicos acerca das culturas e histórias das populações africanas e afro-brasileiras.
Essa iniciativa pretende não ser uma ação isolada que se encerra em si mesma, mas ser algo permanente de modo que se estabeleçam a partir das Oficinas exposições, performances e a produção de publicações (materiais didáticos, paradidáticos e acadêmicos) entre outras possibilidades.
SINOPSE
A oficina de formação permanente de Agentes Educativo-Culturais vem atender as proposituras Lei Federal n.10.639 de 09/01/2003, que alterou a Lei de Diretrizes Básicas da Educação Nacional e torna obrigatória a. temática da “História das culturas africanas e afro-brasileiras” . E do que determina o Decreto Estadual n° 48.328 de 15/12/2003 publicado no D.O. de 16/12/2003 que institui no âmbito da administração pública do Estado de São Paulo a Políticas de Ações Afirmativas para Afrodescendentes e dá providências correlatas.
OBJETIVOS
* Inserir conhecimentos sobre a História e a realidade da África, da relação entre África-Brasil e da cultura produzida pelos afro-brasileiros na sociedade nacional;
* Dialogar e debater sobre a implementação da lei 10.639 e a presença das culturas de matrizes africana e afro-brasileira na cultura brasileira;
* Entender e interpretar as práticas sociais e culturais relativas à questão étnico-racial e as questões atinentes à África no Brasil;
* Estimular a democratização da informação e conhecimento no intuito de contribuir com a valorização, fortalecimento e afirmação da identidade étnico-racial paulista.
PÚBLICO ALVO
Agentes de atividades culturais da Secretaria Estadual e Municipal de Cultura;
Profissionais da área da educação, lideranças, multiplicadores e ativistas dos movimentos sociais;
Técnicos e funcionários das Oficinas Culturais;
Público em geral.
VAGAS E SELEÇÃO
60 (sessenta) primeiros inscritos.
CORDENADOR
Christian Fernando dos Santos Moura
Possui graduação em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2003). Atualmente é professor titular - Secretaria de Estado da Educação de São Paulo. Mestrando em Artes no Programa de Pós-graduação em Artes do Instituto de Artes IA UNESP. É pesquisador do grupo de extensão e pesquisa universitária da UNESP, NUPE (Núcleo Negro da UNESP para Pesquisa e Extensão) e Professor de História do Brasil Colônia e República da UNIBAN Universidade Bandeirantes. Tem experiência na área de História, com ênfase em História, atuando principalmente nos seguintes temas: História da África, negro, preconceito, teatro, racismo e educação.
CONVIDADOS
Oluemi Aparecido dos Santos.
Francisco Sandro da Silveira Vieira.
Lílian Santiago Solá
CARGA HORÁRIA
39 (trinta e nove) horas, 13 (treze) encontros de 3 (quatro horas).
DATAS E HORÁRIOS
Aos sábados, de 05/abril a 28/junho, das 14h00 horas às 17h00.
LOCAL
Oficina Cultural Oswald de Andrade
Rua Três Rios, 363, Bom Retiro
Telefones (11) 3221-5558 / 3222-2662
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Inscrições: segunda a sexta-feira, 10h às 20h.
CONTEÚDOS E CRONOGRAMA
05 de abril – Apresentação do curso (programa, objetivo, metodologia e estratégias de desenvolvimento) . Exibição, seguido de debate da animação Yansa, de Carlos Eduardo Nogueira, 2006, 18 minutos.
12 de abril – África: culturas e sociedades
A cultura material das sociedades africanas / Um breve panorâmico histórico das culturas africanas e do continente africano ao longo da história. Produção de máscaras africanas.
Textos: SALUM, Marta Heloísa Leuba. (Lisy) “África: culturas e sociedades” - Texto do guia temático para professores África: culturas e sociedades, da série Formas de Humanidade, do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo. Escrito em janeiro de 1999 e revisto e adaptado em julho de 2005 para publicação neste site: http://www.mae. usp.br/ & http://www.arteafri cana.usp. br. COSTA E SILVA, Alberto da. Cap 1. “Paisagem e o homem”. In. A enxada e a lança: a África antes dos portugueses. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1996.
19 de abril – A pré-história da África.
Generalidades (Pré-história, paleolítico, neolítico, arte rupestre, objetos pré-históricos, a vida na pré-história africana); fósseis; pré-história na África oriental; pré-história na África Austral; África central; Magreb; África ocidental, Vale do Nilo. Exibição do filme Kiriku e a Feiticeira, de Michel Ocelot, 1998, 74 minutos.
Textos: GIORDANI, Mário Curtis. “Pré-história da África”. In. História da África - anterior aos descobrimentos. Petrópolis: Vozes, 1985. COSTA E SILVA, Alberto da. Cap 1. “Pré-história”. In. A enxada e a lança: a África antes dos portugueses. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1996. SANTOS, Marcos Ferreira dos. “Ancestralidade e convivência no processo identitário: a dor do espinho e a arte da paixão entre Karabá e Kiriku”. In Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal nº 10.639/03 – Brasília: Ministério da Educação, SECAD, 2005. pp. 205-229.
26 de abril – Continentes africanos: das ciências à sabedoria.
CONVIDADO – Francisco Sandro da Silveira Vieira: antropólogo, pesquisador membro do NUPE (Núcleo Negro da UNESP para Pesquisa e Extensão) - UNESP-SP.
África-pré-colonial / O continente africano antes da conquista / África na Idade Média européia /Os árabes iniciam sua conquista pelo Egito / O avanço até o baixo Senegal / O Gana / O Império do Mali e de Gao / Os Reinos Yorubás e o Benim / O tráfico medieval de escravos / A instituição da escravidão na África muçulmana / A escravidão entre os africanos / pré e pós-conceitos: etnocentrismo, “afropessímismo” , “afrocentrismo” e eurocentrismo;
Textos: VIEIRA, Francisco Sandro da. “As ciências sociais e as etnias africanas: Análise e crítica da contribuição banto no Brasil’”.
03 de maio – A escravidão africana e o tráfico negreiro
A colonização e o tráfico negreiro na América portuguesa / Expansão marítima européia / O fator islâmico /O comércio transatlântico / O tráfico de escravos na costa ocidental africana. / A dinâmica do modo de produção colonial / A escravidão na África Centro-Ocidental / O comércio da África Oriental / A escravidão no século XIX. / As vias de comunicação e os mercados na África Ocidental / Os Haúças / Os bantos / O reino do Congo/ O reino do Congo, os Mbundu (ou Ambundos), o reino dos "Ngola" ou de Angola e a presença portuguesa nos finais do século XV a meados do século XVII ;
Textos: COSTA E SILVA, Alberto da. “O escravo negro na idade média européia”. In. A manilha e o libambo: a África e a escravidão de 1500 a 1700. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2002. MEILLASSOUX, Claude. Capítulo introdutório. “Parentes e estranhos”. In. Antropologia da escravidão : o ventre de ferro e dinheiro. Rio de Janeiro, Zahar, 1995. SOUZA, Talita Tavares Batista Amaral de. “Escravidão interna na África, antes do tráfico negreiro”. In. http://www.cefetcam pos.br.
10 de maio – As culturas negras na América do Sul. Os negros no Brasil.
Da África ao Afro: uso e abuso da África entre os intelectuais e na cultura popular brasileira durante o século XX / O pensamento mestiço nas relações Estados-Unidos - Brasil - África”: - Uma breve história do racismo e das relações raciais no Brasil / A democracia racial brasileira /As relações entre sociedades indígenas e populações africanas/afrodesce ndentes / Quilombos e a resistência escrava na colônia / Os movimentos sociais negros do século XX / A Frente Negra Brasileira / O MNU (movimento Negro Unificado / A cultura jovem doas anos 1970 / Movimento “Black power”. As influências das culturas negro- africanas para as artes visuais e plásticas brasileiras / Políticas públicas e os recortes de gênero, étnico/racial, geracional / Ações afirmativas.
Textos: FREYRE, Gilberto. “O escravo negro na vida sexual e de família do brasileiro” (capítulo IV). In: FREYRE, Gilberto. Casa Grande e Senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 35ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1999. pp. 282- 409. Exibição do filme “Na rota dos orixás”, de Renato Barbieri, 1998, 54 minutos.
17 de maio – Discursos sobre o colonialismo. Racismo e descolonização
O imperialismo colonial de fins do século XIX / A constituição dos sistemas coloniais e movimentos de resistência na África / Viajantes europeus em África contemporânea e a evolução do colonialismo tradicional ao neocolonialismo / o papel dos missionários nas explorações / A partilha da África e o significado dos desdobramentos da Conferência de Berlim (1884-1885) na perspectiva africana da partilha e da conquista / O período entre guerras: continuidade e rupturas /A descolonização e o pós-guerra / Os socialismos africanos / A política e o nacionalismo africano / A escravidão no Brasil.
Textos: CESAIRE, Aimé. “Discursos sobre o colonialismo” In. Cadernos para o diálogo – Porto, 1971. PEREIRA José Maria Nunes. “Colonialismo, racismo e descolonização” In: Estudos Afro-Asiáticos. – nº 2 (Maio/Ago. 1978), p. 16-29.
24 de maio – Negritude. Usos e sentidos.
Pan-africanismo / Movimentos de negritude e libertação nacional / O pensamento das elites culturais africanas diante das questões de política e identidade./ Noções de raça, nação, pátria e etnia no contexto dos nacionalismos africanos de expressão portuguesa / A literatura de expressão afro-brasileira / Os escritores e escritoras afro-brasileiros /o negro na literatura brasileira / Influência das línguas africanas de expressão de língua portuguesa no Brasil contemporâneo; Tradição e modernidade em África contemporânea / O regime de Apartheid na África do Sul / África rural e urbana / África mítica / Estruturas político-sociais em Angola pós-colonialismo e pós-socialismo / UNITA e MPLA, os movimentos de libertação nacional pós-guerra civil / Angolanidade e diáspora. Exibição do curta “Place des Fêtes”, de Oliver Schmitz, 2007. 18 minutos.
Textos – MUNANGA, Kabenguele. “Negritude: usos e sentidos”. São Paulo, Ática, 1988. BERND, Zilá. “A Questão da Negritude”. São Paulo: Brasiliense, 1984.
31 de maio – Visão panorâmica das literaturas africanas de língua portuguesa. (Angola e Moçambique). Estudos de textos de Luandino Vieira, Craveirinha e Mia Couto.
CONVIDADO – Oluemi Aparecido dos Santos: graduado em Letras (Português/Francê s) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2003). Atualmente é mestrando em Estudos Comparados em Literaturas de Língua Portuguesa na USP sob orientação da Profa. Dra. Tânia Macêdo. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Comparada. Também atua como professor/palestran te de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa e de Estudos da relações étnico-raciais.
A literatura no universo colonial: tradição e modernidade / Literatura e negritude / Negritude africana de língua portuguesa / José Craveirinha, Mia Couto no contexto da literatura pós-colonial de Moçambique / Agostinho Neto, Antonio Jacinto no contexto da literatura pós-colonial de Angola;
Textos: CHABAL, Patrick, “Literatura e Identidade Nacional em Moçambique”. In Vozes Moçambicanas. Literatura e nacionalidade. Veja, Lisboa, 1994. COUTO, Mia. “Estórias Abensonhadas”. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
07 de junho – Cultura política e musicalidade negra na diáspora africana.
Breve introdução da influência negro-africana na música erudita e popular brasileiro / Música brasileira no final do século XIX: Modinhas, Imperiais, Polca, Lundu, Polca-Lundu, Choro, Maxixe/ Músicos mulatos no Brasil imperial / Origens do Rap/Funk no Brasil e nos Estados Unidos / Samba, negro e carnaval / O samba rural paulista / As origens do samba carioca / A folia de reis / O congado / Gênero, raça, feminismo e juventude no movimento Hip-Hop
Textos – GOMES, Tiago de Melo. “Lutando por uma democracia-racial. Raça e nação na trajetória da Companhia Negra de Revistas”.In. GOMES, Tiago de Melo. Um espelho no palco: identidades sociais e massificação da cultura no teatro de revistas dos anos de 1920. Campinas, São Paulo, Editora da UNICAMp, 2004. SEVCENKO, Nicolau. Orfeu Extático na Metrópole: São Paulo, sociedade e cultura nos frementes anos 20. São Paulo: Companhia das Letras, 1992, pp. 240-244.
VIANNA, Hermano. O mistério do Samba. Rio de Janeiro: Zahar/UFRJ, 1995.
14 de junho – Cultura política, cinema e teatralidade negra na diáspora africana.
A personagem negra no cinema e no teatro brasileiro / O cinema novo e o negro / Filmes: Rio Zona Norte, Assalto ao trem pagador. O cinema brasileiro contemporâneo e o negro / Filmes: Filhas do Vento, A negação do Brasil e o cinema de Joel Zito Araújo / O cinema feijoada e os cineastas negros paulistas / A mulher negra e o cinema / O TEN Teatro Experimental do Negro / A negritude brasileira: Abdias do Nascimento, Guerreiro Ramos, Edison Carneiro.
NASCIMENTO, Elisa Larkin. “Teatro Experimental do Negro: tramas, textos e atores”. In. LARKIN Nascimento, Elisa O Sortilégio da cor. Identidade, raça e gênero no Brasil.São Paulo, Selo Negro Edições, 2003.
NASCIMENTO, Abdias, Sortilégio – mistério negro. In Drama para negros e prólogos para brancos. Rio de Janeiro: Ed. do Teatro Experimental do Negro, 1961. Exibição do documentário A negação do Brasil, de Joel Zito Araújo, 2000, 90 minutos.
ARAÚJO, Joel Zito. Cap 1. A Negação do Brasil : O negro na telenovela brasileira. São Paulo, Ed. SENAC, 2000.
RODRIGUES, João Carlos . O negro e o cinema brasileiro. Rio de Janeiro, Pallas, 2001.
21 de junho – Exibição e debate do filme Família Alcântara, de Daniel Solá Santiago e Lilian Solá Santiago. 54min, 2004.
CONVIDADA – Lílian Solá Santiago – Historiadora e mestre em Integração da América Latina (USP), atua na área cinematográfica desde 1994. Atualmente dirige o vídeo documentário: Uma cidade chamada Tiradentes;, sobre o bairro Cidade Tiradentes, o maior conjunto habitacional da América Latina. Como produtora, Lilian participou de diversos trabalhos entre eles Latitude Zero, de Toni Venturi premiado como melhor roteiro no Festival de Brasília (2000) além de 6 prêmios internacionais; Vista a minha pele, de Joel Zito Araújo (2003), entre tantos outros. Como diretora, realizou Balé de Pé no Chão, um curta-metragem inédito, ganhador do Prêmio Palmares de Comunicação (2005).
28 de junho – Avaliação, encerramento e entrega de certificados.
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